França. Hospital condenado após remover pénis de paciente por engano

O Hospital Universitário de Nantes foi condenado a pagar uma multa de cerca de 61 mil euros a um paciente a quem, desnecessariamente, foi removido o pénis. Vítima diz que vai recorrer da decisão.

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Notícias ao Minuto
22/12/2022 10:53 ‧ 22/12/2022 por Notícias ao Minuto

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O Hospital Universitário de Nantes, na França, foi condenado a pagar uma indemnização de 61 mil euros a um paciente a quem, sem necessidade, foi removido totalmente o pénis. O tribunal administrativo constatou “infrações culposas” do estabelecimento que levaram a esta operação. O paciente considera a condenação insuficiente e anunciou já que quer recorrer.

Em 2014, um homem de 30 anos visitou o hospital para uma consulta que resultaria no diagnóstico - errado - de quadro avançado de carcinoma, um tumor maligno nos tecidos epiteliais, localizados nos órgãos genitais. O tribunal administrativo relatou “infrações culposas” do hospital, que culminaram com a remoção do órgão. 

Em entrevista ao jornal France Bleu Loire Océan, o paciente disse ter "ódio" do médico que "não o ouviu". "Ele jogou à roleta russa comigo", lamentou o homem, que deverá receber agora 61 mil euros de indemnização, dos quais 12 mil cobrem, segundo o documento citado pelo jornal, para "o sofrimento sofrido", 16 mil para o "défice funcional permanente" e 31 mil euros para cobrir o "dano sexual".

Depois do diagnóstico, em 2014, o paciente foi submetido a várias cirurgias para retirar a doença inexistente, culminando com a remoção total em 2017. "Não sinto mais nada", continuou o homem em declarações ao jornal francês, considerando que a "sensação" do pénis é "insubstituível" por "vários sensores". "Fale sobre isso com um homem, para ele é impensável", incentivou ainda.

Em vez dos 61 mil euros exigidos pelo tribunal ao hospital, a vítima pede uma indemnização de 976 mil euros e anunciou já que vai recorrer da decisão. "Não permitirei que me humilhem", garantiu em nota enviada pelo advogado, Georges Parastatis, que argumentou, em declarações à AFP, que o seu cliente "sofreu uma primeira morte psicológica por negligência médica e uma segunda por este julgamento degradante da dignidade humana."

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