Autoridades ucranianas encontraram mais uma vala comum em Kherson

Vice-ministro da Administração Interna diz que entre os cadáveres se encontram os de soldados ucranianos.

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© REUTERS/Anna Voitenko

José Miguel Pires
22/12/2022 15:36 ‧ 22/12/2022 por José Miguel Pires

Mundo

Guerra na Ucrânia

As autoridades ucranianas descobriram, num cemitério de Pravdino, na região de Kherson, mais 36 sepulturas de vítimas da ocupação russa que acabou a 11 de novembro, assim como uma vala comum. A informação foi avançada pelo vice-ministro da Administração Interna russo, Yevhen Yenin, que revelou ainda a descoberta de uma vala comum com cadáveres de militares ucranianas.

"Foram encontradas mais 36 sepulturas num cemitério de Kherson. Há uma vala comum com restos mortais de soldados. No total, durante a ocupação, as morgues receberam cerca de 700 cadáveres, dos quais uma centena apresentava ferimentos de guerra", explicou.

Neste momento, segundo o The Kyiv Independent, investigadores ucranianos encontram-se a recolher ADN de pessoas que serão familiares das vítimas encontradas, de forma a identificar os cadáveres. Os corpos descobertos mostram sinais de tortura e ferimentos de bala, apuraram as autoridades.

O jornal ucraniano revela que, no total, durante o período de ocupação russa, as morgues em Kherson receberam cerca de 700 cadáveres, dos quais 100 terão sido violentados com grande agressividade. A cidade de Kherson foi libertada pelas tropas russas a 11 de novembro.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, as autoridades ucranianas já descobriram vários corpos de civis mortos em valas comuns, bem como câmaras de tortura, nas localidades que estiveram sob ocupação russa e que foram, entretanto, libertadas. No final de outubro, o Ministério de Reintegração da Ucrânia informou que cerca de mil corpos, entre eles militares e civis, incluindo crianças, foram exumados.

A invasão da russa espoletou um conflito armado que, segundo dados das Nações Unidas, já levou à deslocação de mais de 14 milhões de pessoas, 6,5 milhões das quais deslocados internos e mais de 7,8 milhões que fugiram para países europeus. Há a registar, segundo estes dados, pelo menos, 6.755 civis mortos e 10.607 feridos.

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