O Kremlin demorou pouco a responder à proposta da Ucrânia de iniciar uma cimeira de paz em fevereiro, com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo a afirmar que as condições para a paz são a "desmilitarização" e a "desnazificação" da Ucrânia.
Segundo a Reuters, Sergei Lavrov reiterou os objetivos da Rússia numa entrevista à agência estatal russa TASS, garantindo que estes são "bem conhecidos" pelas autoridades ucranianas.
"As nossas propostas para a 'desmilitarização' e 'desnazificação' dos territórios controlados pelo regime, e a eliminação das ameaças à segurança da Rússia que emanam dali, incluindo aos nossos novos territórios, são bem conhecidas do inimigo", disse o principal diplomata russo, reafirmando também que os quatro territórios anexados unilateralmente pela Rússia (Zaporíjia, Kherson, Donetsk e Lugansk) não pertencem à Ucrânia.
Lavrov acrescentou que o problema para a solução da guerra é "simples": basta cumprir com as exigências da Rússia. "Cumpram-nas para o vosso próprio bem. Caso contrário, o problema será resolvido pelo exército russo", rematou,
Esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, anunciou que está disposto a iniciar negociações de paz, com o objetivo de organizar uma cimeira no final de fevereiro.
Kuleba também disse que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, podia fazer parte dessas negociações como mediador e apelou à Organização das Nações Unidas para a organização de um local que acolha os países em conflito.
Leia Também: Kuleba sugere cimeira em fevereiro e elogia "integridade" de Guterres