O número de mulheres que abortaram em Espanha, durante o ano de 2021, situou-se nos 90.189, segundo avançou o mais recente relatório do Ministério da Saúde espanhol, citado pelo jornal ABC.
Dessas 90.189 mulheres, 312 eram jovens com menos de 15 anos de idade. Os números avançados pelo ministério dão conta de um aumento de 1.920 casos relativamente a 2020, primeiro ano da pandemia da Covid-19.
Apesar do aumento, o número de casos em 2021 foi um dos mais baixos nos últimos dez anos. Por comunidades autónomas, a Catalunha é a região com a taxa mais elevada (13,42%), seguida da Comunidade de Madrid (11,90%), das Ilhas Baleares (11,56%), das Astúrias (11,50%), de Múrcia (11,46%), da Andaluzia (11,18%) e Canárias (10,61%).
Segundo o ministério da Saúde de Espanha, o perfil da mulher que recorre ao aborto em Espanha é de uma que esteja numa relação amorosa, com estudos ao nível do ensino secundário, é empregada e não tem filhos. A idade média que mais interrompe a gravidez é entre 25 e 29 anos.
Em quase 91% dos casos, a gravidez foi interrompida "a pedido da mulher", entenda-se pelo desejo de não ser mãe. Apenas 5,58% dos casos resultaram de a saúde e a vida da gestante estarem em risco grave, 3,12% devido ao risco de anomalias graves no feto e 0,29% por anomalias fetais incompatíveis com a vida ou doença gravíssima e incurável.
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