Podolyak volta às redes sociais para "repetir o básico"
Em causa estão os argumentos recorrentemente usados pela Rússia para justificar a invasão à Ucrânia.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O principal conselheiro presidencial ucraniano, Mykhaylo Podolyak, já tem por hábito recorrer às redes sociais para expor as suas posições e, esta quarta-feira, mais uma vez, usou o Twitter para "repetir o básico".
De forma a contestar os argumentos recorrentemente usados pela Rússia para justificar a guerra na Ucrânia, Podolyak reiterou: "O Donbass, a Crimeia são território ucraniano tomado pela Federação da Rússia em 2014" e "Não há 'pessoas de Donbass que foram bombardeadas'".
"Não há grupos sociais na Ucrânia à espera da Federação da Rússia", que "iniciou uma guerra na Ucrânia para matar civis e tomar territórios", acrescentou ainda.
O conselheiro de Zelensky resume: "Qualquer outra coisa é mentira e propaganda russa".
Let’s repeat the basics
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) December 28, 2022
-Donbas, Crimea are 🇺🇦 territory seized by RF in 2014
-There are no “people of Donbas who were bombed"
-There are no social groups in 🇺🇦 waiting for RF
-RF started a war in 🇺🇦 to kill civilians & seize territories
Anything else is lies & ru-propaganda
Sublinhe-se que a Ucrânia já deixou claro que as negociações de paz só serão retomadas, entre outras condições, quando for respeitada a integridade territorial do país.
Contudo, esta quarta-feira, o Kremlin reiterou que qualquer proposta que venha a ser apresentada pela Ucrânia, com o intuito de fazer cessar a guerra, deve ter em conta a "nova realidade" do país, ou seja o reconhecimento da anexação das regiões de Kherson, Zaporíjia, Lugansk e Donetsk pela Rússia.
Em causa, estão regiões cuja anexação foi formalizada pelo presidente russo, Vladimir Putin, no mês de setembro, na sequência de referendos que foram descritos como uma "farsa" pela Ucrânia e pela comunidade internacional - que não reconhece a anexação.
Além disso, no plano de paz de 10 pontos apresentado pela primeira vez pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no mês de novembro, é ainda referido que a Rússia terá também de abdicar da Crimeia, anexada em 2014.
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