Desde o início de dezembro, quando foi anunciada a reabertura total da fronteira, a Venezuela avançou com trabalhos de requalificação da zona, que começaram com a retirada de contentores que serviam de barreira à ponte, desde há quatro anos, no meio de tensões políticas com o país vizinho, na altura presidido por Ivan Duque.
As autoridades venezuelanas referiram que os trabalhos neste acesso incluíram o posto de controlo de entrada e saída de transportes e a adaptação de espaços para o controlo da passagem de autocarros e camiões.
No sábado, após o fim das obras, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que tudo estava pronto para a inauguração da estrutura, que nunca tinha sido utilizada e que foi palco de um confronto em 2019 com a oposição ao Governo, quando esta tentava entrar no país com ajuda humanitária.
Para o embaixador colombiano na Venezuela, Armando Benedetti, a reabertura é um passo vital para mais uma "mostra de confiança recíproca", entre os países vizinhos.
O governador do estado de Táchira, Freddy Bernal, que será o porta-voz oficial da Venezuela na inauguração da ponte, que decorre hoje, salientou recentemente que aquela infraestrutura tornar-se-á numa "importante referência" para trocas comerciais.
A entrada em funcionamento da ponte pode implicar também riscos de segurança, admitiu o governador.
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