As autoridades espanholas desmantelaram uma rede de branqueamento de capitais numa empresa de segurança privada. Estarão envolvidas 26 pessoas, 23 das quais foram detidas em Barcelona, Almeria de Albox, Dos Hermanas, Alcalá de Guadaíra, Carmona, Villaverde del Rio e Sevilha.
A organização seria constituída por 80 empresas e 30 testas-de-ferro que, entre 2016 e 2021, simularam transações comerciais para justificar entradas e saídas de fundos num valor que ultrapassou os 27 milhões de euros, diz o El País, que cita a Polícia Nacional.
Foi possível apurar também que a rede prestava serviços de lavagem de dinheiro a, pelo menos, dois grupos associados ao tráfico de droga. Além disso, terá defraudado a Segurança Social em mais de 6,5 milhões de euros, tendo uma dívida de 1,7 milhões com a Autoridade Tributária.
A ‘Operação Nervión’ teve início em março, após uma denúncia que dava conta de que a empresa tinha transferido ilegalmente os seus serviços para outra entidade, tendo deixado de pagar os salários de 600 trabalhadores, durante três meses.
Os dirigentes da empresa, detidos no âmbito da investigação, eram testas-de-ferro para um dos líderes da rede, investigado desde 2019 e, agora, detido com a esposa.
Cerca de 100 agentes participaram em nove buscas, tanto em residências, como em escritórios e empresas. Nessa linha, foram apreendidos 127.195 euros e 1.225 dólares (aproximadamente 1.162,84 euros) em dinheiro, além de sete viaturas de luxo, três armas, uma espingarda e diversas armas brancas, nomeadamente catanas, facas, navalhas e punhais, assim como computadores portáteis, tablets, pens USB, telemóveis e documentos relacionados com a investigação.
Foi também ordenado o bloqueio de 169 contas bancárias – 39 particulares e 130 de empresas – nas quais foram encontrados mais de 300 mil euros, até ao momento. Por fim, 67 imóveis foram penhorados, como medida preventiva.
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