O passageiro, de 41 anos, testou positivo para o novo coronavírus após chegar ao aeroporto de Incheon, de acordo com o jornal de Hong Kong South China Morning Post.
A polícia disse que o cidadão chinês recusou-se a cumprir isolamento e fugiu do hotel, situado na ilha de Yeongjong, na costa oeste de Incheon, na noite de terça-feira.
Imagens das câmaras de vigilância mostram que o visitante foi visto pela última vez num espaço comercial, no distrito de Jung, em Incheon, segundo o jornal local Korea JoongAng Daily.
O indivíduo, que não foi identificado, foi colocado numa lista de procurados, de acordo com o funcionário de saúde Kim Joo-young, e pode ser punido com até um ano de prisão ou uma multa de 10 milhões de won (7.411 euros), se for condenado por violar a Lei de Controlo e Prevenção de Doenças Infeciosas.
"Esta pessoa vai ser também deportada e proibida de entrar no país por um determinado período de tempo", disse Kim, em conferência de imprensa.
A Coreia do Sul e vários outros países, incluindo Estados Unidos, Japão, Espanha ou França, anunciaram restrições aos viajantes oriundos da China, face ao receio de que possam surgir novas variantes, depois de o país ter abolido a política de 'zero casos' de covid-19, levando a uma explosão no número de infeções.
Quem chega da China tem assim de apresentar um resultado negativo do teste PCR feito nas 48 horas anteriores à partida -- ou resultados de testes rápidos feitos nas últimas 24 horas -- e realizar outro teste PCR à chegada, anunciou a Coreia do Sul, na semana passada.
Quem testa positivo tem de cumprir quarentena numa instalação do governo durante sete dias.
A Coreia do Sul também restringiu a emissão de vistos de curto prazo para cidadãos chineses até ao final de fevereiro e ordenou uma suspensão temporária do aumento do número de voos provenientes da China.
A partir de sábado, os viajantes oriundos de Hong Kong e Macau também vão ser obrigados a apresentar um resultado negativo de teste PCR, anunciou a Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul, no início desta semana.
Ao abrigo da estratégia de 'zero casos' de covid-19, a China manteve as fronteiras do país praticamente encerradas ao longo de quase três anos. Quem partia para o país tinha que realizar vários testes, incluindo testes sereológicos, e cumprir um período de quarentena centralizada que, em algumas províncias, podia chegar até 28 dias.
Pequim ameaçou na terça-feira punir as nações que impõem novas regras aos viajantes da China, considerando as medidas "inaceitáveis".
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