"A Rússia deve deixar os territórios ocupados, e apenas assim será possível uma 'trégua temporária'. Fiquem com a vossa hipocrisia", escreveu no Twitter.
Numa mensagem dirigida aos 'media', Podoliak denunciou o cessar-fogo ordenado pouco antes pelo Presidente russo Vladimir Putin de "puro gesto de propaganda".
"A Rússia tenta por todos os meios reduzir pelo menos temporariamente a intensidade dos combates e dos ataques aos centros logísticos, para ganhar tempo", prosseguiu Podoliak.
O conselheiro presidencial do Presidente Volodymyr Zelensky acusou Putin de "não ter o mínimo desejo de acabar com a guerra" e de tentar "convencer os europeus a pressionarem" Kiev para o início de negociações de paz, que a Ucrânia recusa há meses, exigindo uma retirada das forças russas dos territórios ocupados.
"Não é necessário responder às iniciativas deliberadamente manipulatórias dos dirigentes russos", indicou ainda.
O Presidente russo Vladimir Putin decretou hoje que as tropas russas mobilizadas na Ucrânia deverão cumprir um cessar-fogo de 36 horas entre o meio-dia de 06 de janeiro e a meia-noite de 07.
Num comunicado, a Presidência russa (Kremlin) afirmou que Putin respondeu a um apelo do patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, divulgado hoje de manhã.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
[Notícia atualizada às 16h55]
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