Os soldados, detidos a 10 de julho de 2022, acusados de serem "mercenários" pelo Mali e condenados a 20 anos de prisão, regressaram no dia seguinte a ter sido concedido um perdão.
Os soldados, vestidos com uniformes militares, saíram um a um brandindo uma pequena bandeira da Costa do Marfim, e foram recebidos fora do avião pelo Presidente, Alassane Ouattara.
Seguiu-se imediatamente uma cerimónia na presença dos soldados, das famílias e das mais altas autoridades do Estado e do exército, durante a qual Alassane Ouattara disse que queria "retomar relações normais" com o Mali.
"Obviamente, agora que esta crise já passou, seremos capazes de retomar relações normais com o país irmão do Mali, que precisa de nós e que nós também precisamos", afirmou.
A libertação dos soldados tinha sido exigida desde o início pela Costa do Marfim, que, juntamente com as Nações Unidas, disse que iria ajudar a garantir a segurança ao contingente alemão de forças de manutenção da paz no Mali, atingido pela violência.
O caso causou uma grande tensão entre dois países vizinhos com relações já complicadas: o Mali tinha acusado a Costa do Marfim de ter incitado os seus parceiros da África Ocidental a endurecer as sanções contra os autores militares de dois golpes de Estado, em agosto de 2020 e maio de 2021, sanções essas finalmente levantadas em julho.
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