Venezuela. Milhares de professores nas ruas reivindicam melhores salários

Milhares de professores saíram segunda-feira às ruas de várias cidades venezuelanas para reivindicar melhores salários, o cumprimento de contatos coletivos e de segurança social, problemas que, dizem, levam os profissionais a abandonar o setor.

Notícia

© Getty Images

Lusa
10/01/2023 00:10 ‧ 10/01/2023 por Lusa

Mundo

Venezuela

A marcha foi convocada pela Federação Venezuela de Professores, que acusa o Ministério de Educação da Venezuela de "não ter dado resposta a nenhuma das causas" que levam os professores a abandonar as salas de aulas, advertindo que "mais de 60% dos docentes desertaram".

"Apelamos à ministra de Educação (Yelitze de Jesús Santaella Hernández) que se demita, se não pode incorporar-nos numa mesa (de negociação). É tão simples como isso, que se vá embora", disse a presidente do Sindicado de Formação de Dirigentes Sindicais (Fordisi) aos jornalistas.

Segundo Gricelda Sánchez "na Venezuela há praticamente uma greve patronal, porque quando deixas os trabalhadores sem salário, sem poderem deslocar-se ou alimentar-se estás a obrigá-los a não ir trabalhar".

A porta-voz do Movimento de Educadores Simón Rodríguez (MESV) explicou aos jornalistas que o Ministério de Educação "tem uma dívida pendente do contrato de trabalho anterior que ronda os 280%".

"Além disso, não querem honrar o artigo 89 da Constituição, que fala da intangibilidade e progressividade dos direitos contratuais e também não assinaram o terceiro acordo de negociação coletiva", disse Karina Bolívar

Durante as marchas, os professores chegaram a um acordo para convocar assembleias permanentes nas escolas e na ruda para manifestar o descontento pelas suas condições e anunciaram a realização de uma greve-geral para o próximo 26 de janeiro.

Vídeos divulgados nas redes sociais dão conta de que os protestos de professores se registaram em pelo menos 14 dos 24 estados do país: no Distrito Capital, Arágua, Carabobo, Yaracuy, Monágas, Apure, Mérida, Zúlia, Sucre, Nueva Esparta, Cojedes, Bolívar, Barinas e Falcón.

Leia Também: EUA deixam de mencionar Guaidó nas exceções às sanções contra a Venezuela

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas