A marcha foi convocada pela Federação Venezuela de Professores, que acusa o Ministério de Educação da Venezuela de "não ter dado resposta a nenhuma das causas" que levam os professores a abandonar as salas de aulas, advertindo que "mais de 60% dos docentes desertaram".
"Apelamos à ministra de Educação (Yelitze de Jesús Santaella Hernández) que se demita, se não pode incorporar-nos numa mesa (de negociação). É tão simples como isso, que se vá embora", disse a presidente do Sindicado de Formação de Dirigentes Sindicais (Fordisi) aos jornalistas.
Segundo Gricelda Sánchez "na Venezuela há praticamente uma greve patronal, porque quando deixas os trabalhadores sem salário, sem poderem deslocar-se ou alimentar-se estás a obrigá-los a não ir trabalhar".
A porta-voz do Movimento de Educadores Simón Rodríguez (MESV) explicou aos jornalistas que o Ministério de Educação "tem uma dívida pendente do contrato de trabalho anterior que ronda os 280%".
"Além disso, não querem honrar o artigo 89 da Constituição, que fala da intangibilidade e progressividade dos direitos contratuais e também não assinaram o terceiro acordo de negociação coletiva", disse Karina Bolívar
Durante as marchas, os professores chegaram a um acordo para convocar assembleias permanentes nas escolas e na ruda para manifestar o descontento pelas suas condições e anunciaram a realização de uma greve-geral para o próximo 26 de janeiro.
Vídeos divulgados nas redes sociais dão conta de que os protestos de professores se registaram em pelo menos 14 dos 24 estados do país: no Distrito Capital, Arágua, Carabobo, Yaracuy, Monágas, Apure, Mérida, Zúlia, Sucre, Nueva Esparta, Cojedes, Bolívar, Barinas e Falcón.
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