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Ucrânia diz que Rússia quer criar "exército com 2 milhões" de pessoas

"De acordo com as estimativas da Inteligência Militar da Ucrânia, o país terrorista está a tentar criar uma força armada de dois milhões de pessoas", pode ler-se no documento emitido esta sexta-feira.

Ucrânia diz que Rússia quer criar "exército com 2 milhões" de pessoas
Notícias ao Minuto

14:54 - 13/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

Os serviços de inteligência da Ucrânia emitiram, hoje, um comunicado onde revelam que a Rússia está a planear criar um "exército de dois milhões" de combatentes. A entidade não descarta que, nos próximos dias, o invasor anuncie outra onda de mobilização. 

"De acordo com as estimativas da Inteligência Militar da Ucrânia, o país terrorista está a tentar criar uma força armada de dois milhões de pessoas", pode ler-se no documento emitido esta sexta-feira, assinalando ainda que, durante a primeira mobilização, foram "300 mil" os convocados pelo regime de Putin. 

"Os preparativos para o anúncio da próxima onda de mobilização na Rússia já estão em andamento. No nível legislativo, estão a ser feitas mudanças nas leis da Federação Russa que regulam a mobilização. O treino ativo também está em andamento", considera a Inteligência da Ucrânia, justificando assim as estimativas: a "escala das medidas de mobilização realizadas pelo país agressor indica os planos da sua liderança para criar um exército de cerca de dois milhões de pessoas". 

De recordar que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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