Conselho da Europa pede libertação do opositor russo Alexei Navalny

A secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Pejcinovic Buric, apelou hoje à libertação do opositor russo Alexei Navalny, preso há dois anos e pelo qual aquele órgão europeu está "profundamente preocupado" com as condições de detenção.

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Lusa
17/01/2023 23:56 ‧ 17/01/2023 por Lusa

Mundo

Rússia

Hoje "assinala-se o segundo aniversário da detenção de Alexei Navalny na Rússia após a tentativa de envenenamento de que foi vítima", recordou Buric.

Mostrando-se solidária com o opositor russo, a dirigente croata afirmou que Navalny "continua preso em condições muito duras", apesar "dos apelos do Conselho da Europa para libertá-lo sem demora, de acordo com uma decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (ECHR)".

"Peço às autoridades russas que executem sem demora o acórdão do tribunal e as subsequentes decisões do Comité de Ministros relativas ao processo Navalny", solicitou a secretária-geral do Conselho da Europa.

Navalny havia relatado sintomas semelhantes aos de uma gripa na última semana e alegou estar privado de acesso a cuidados médicos. Os seus apoiantes denunciaram uma tentativa de o Kremlin "o matar" lentamente.

"Também quero expressar a minha profunda preocupação com as descrições de maus-tratos e as cruéis condições de detenção a que Alexei Navalny é submetido, com graves repercussões na sua saúde. Peço às autoridades russas que garantam que receba o tratamento necessário imediatamente", atentou Buric.

Opositor do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi preso na Rússia em janeiro de 2021, ao regressar ao país após ter sido tratado na Alemanha por envenenamento grave sofrido na Sibéria, que atribui ao Kremlin.

Foi condenado a nove anos de prisão severa por fraude.

Todavia, é improvável que a Rússia ceda aos pedidos do Conselho da Europa.

Moscovo bateu com a porta ao Conselho da Europa em meados de março de 2022, logo após a invasão da Ucrânia.

Os deputados russos também aprovaram uma lei em junho do ano passado a autorizar a Rússia a não aplicar mais a decisões do ECHR.

Leia Também: Rússia? "Pátria miserável e exausta precisa de ser salva", afirma Navalny

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