Portugal faz parte de um grupo de países disponíveis para enviar tanques Leopard-2 para a Ucrânia e aguarda apenas o ok do país detentor das "licenças correspondentes" - a Alemanha.
O anúncio foi feito por Volodymyr Zelensky numa conferência de imprensa citada pela Interfax.
“O assunto depende de muitos fatores, mas, infelizmente, não depende do desejo da Ucrânia. Nós exercemos pressão política o máximo que conseguirmos”, disse o chefe de Estado.
Ainda de acordo com Zelensky, países como Portugal, Polónia, Finlândia, Espanha, assim como “um número suficiente de países que estão prontos nem que seja a providenciar um pequeno número de tanques”.
“Estamos todos à espera do consentimento do país que tem direito para emitir as licenças correspondentes”, afirmou o Presidente ucraniano, falando precisamente na Alemanha.
Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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