"O primeiro ataque teve como alvo um posto avançado dos Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP) em Rakoegtenga", localidade da província de Bam (norte), indicou um responsável dos VDP à agência de notícias francesa AFP.
Segundo a mesma fonte, "o saldo deste ataque é de seis voluntários mortos. Uma mulher também morreu durante este ataque, elevando o total para sete mortos".
"Também registámos uma dezena de feridos, alguns dos quais em estado grave, que foram enviados para Ouagadougou para receberem tratamento médico", continuou o oficial do VDP.
De acordo com a mesma fonte, o segundo ataque ocorreu na província de Nayala (noroeste do país) "à tarde, quando uma coluna [de viaturas] escoltada por voluntários e militares caiu numa emboscada no eixo Siena-Saran", causando a morte 12 militares e um civil.
Fontes de segurança confirmaram também à AFP os dois "ataques terroristas" sem fazer uma avaliação precisa, mencionando apenas "muitas perdas entre os elementos de segurança".
O Burkina Faso, particularmente na metade norte, tem sido alvo desde 2015 com ataques crescentes de grupos terroristas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, que já foram responsáveis pela morte de milhares de pessoas e pelo menos dois milhões de deslocados.
Na semana passada, cerca de 60 mulheres e crianças foram sequestradas, também alegadamente por terroristas, perto de Arbinda.
O capitão Ibrahim Traoré, Presidente transitório do país, desde o golpe de Estado de 30 de setembro - o segundo em oito meses no Burkina Faso - tem como objetivo "recapturar o território ocupado por essas hordas de terroristas".
No final de 2022, o Governo lançou uma campanha para recrutar novos voluntários para ajudar o exército na luta contra o terrorismo. Para as necessidades estimadas de 50.000, cadastraram-se 90.000 pessoas.
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