De acordo com a comunicação social israelita, que cita a polícia, cerca de 100.000 pessoas saíram às ruas.
Na semana passada, outra manifestação juntou dezenas de milhares de pessoas em protestos contra Netanyahu e o seu Governo, o mais à direita na história israelita, constituído por ultranacionalistas e ultraortodoxos.
O Governo considera que um desequilíbrio de poder deu demasiada influência aos juízes e conselheiros jurídicos do governo no processo de elaboração de leis e na própria governação.
Não obstante os protestos e as críticas da oposição, Netanyahu mantém-se determinado a prosseguir com a reforma.
Os manifestantes encheram as ruas principais da metrópole costeira, hasteando bandeiras e faixas israelitas com slogans como: "Os nossos filhos não viverão numa ditadura" e "Israel, temos um problema!".
O antigo primeiro-ministro, Yair Lapid, que se juntou à manifestação, considerou-a "um protesto para defender o país".
"O povo veio aqui hoje para proteger a sua democracia", acrescentou, citado pela agência Associated Press.
As cidades de Jerusalém, Haifa e Beersheba foram igualmente palco de manifestações.
À pressão das manifestações sobre Netanyahu, juntou-se esta quinta-feira a justiça do país, com o Procurador-Geral israelita -- na sequência de uma decisão do Supremo Tribunal na véspera - a pedir-lhe que despedisse do Governo um aliado-chave, Aryeh Deri, o influente líder do partido ultraortodoxo Shas, por ter sido condenado por fraude fiscal em fevereiro de 2022.
Ainda que se espere que Netanyahu respeite a decisão do Supremo, esta apenas aprofundou a clivagem no país entre o Governo e o sistema judicial e poder dos tribunais.
No início desta semana, Netanyahu, que está a ser julgado por corrupção, prometeu continuar com os planos de reforma da Justiça, apesar dos protestos.
Os opositores consideram que as eventuais mudanças podem vir a ajudar Netanyahu a escapar a uma condenação no processo por corrupção que enfrenta, ou a fazer desaparecer por completo o caso do tribunal.
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