Ataques israelitas em Gaza fazem 22 mortos durante visita de enviado do Vaticano

Os ataques israelitas na Faixa de Gaza mataram no sábado e hoje pelo menos 22 pessoas, incluindo cinco crianças, enquanto a comunidade cristã de Gaza celebrava uma missa pré-natalícia, revelaram as autoridades médicas palestinianas.

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© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

Lusa
22/12/2024 20:21 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

As autoridades israelitas permitiram uma rara visita a Gaza do patriarca de Jerusalém, o cardeal Pierbattista Pizzaballa, para celebrar uma missa no decorrer da qual se ouviam os sons dos drones no exterior.

 

"Quero dizer-vos que todo o mundo, não só o mundo cristão, todo o mundo está convosco, por isso a guerra vai acabar e nós vamos reconstruir", disse o cardeal na Igreja da Sagrada Família, na cidade de Gaza, exortando os habitantes de Gaza a nunca terem medo.

A visita ocorreu num momento em que o Papa Francisco voltou a criticar as ações de Israel em Gaza.

Um dos últimos ataques israelitas atingiu uma escola que albergava pessoas deslocadas na cidade de Gaza e matou pelo menos oito pessoas, incluindo três crianças, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde de Gaza.

As Forças Armadas israelitas afirmaram ter atingido militantes do Hamas que se abrigavam no local.

Já segundo o hospital dos Mártires de Al-Aqsa, um dos ataques israelitas atingiu, no sábado, uma casa na cidade de Deir al-Balah causando oito mortos, dos quais três eram mulheres e duas crianças.

As Forças Armadas israelitas indicaram ter atingido um militante da Jihad Islâmica.

Ainda de acordo com os hospitais locais, outras seis pessoas foram hoje mortas em diferentes ataques.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023, e já causou a morte de 1.208 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas e incluindo reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.

Mais de 45.000 palestinianos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel no território palestiniano, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas para Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

Leia Também: Israel confirma que o Hamas está a entregar "provas de vida" dos reféns

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