Operação de limpeza e recuperação de espaços no norte de Israel

As Forças Armadas israelitas iniciaram uma ampla operação de limpeza e recuperação de espaços na região norte do país, que faz fronteira com o Líbano, para retirar explosivos que possam permanecer naquela zona, devido ao conflito com o Hezbollah.

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© Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
22/12/2024 22:52 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

De acordo com as Forças Armadas israelitas, num comunicado citado pela agência Europa Press, "a operação envolve equipas de engenharia e forças adicionais, destacadas em 40 comunidades do norte de Israel", dedicadas a "limpar o material militar, resíduos e a retirar munições não detonadas".

 

No comunicado é destacado que as autoridades militares "estão a trabalhar há mais de um ano para criar as condições para o regresso dos residentes às suas casas, em ambiente seguro".

Cerca de 60 mil israelitas foram retirados do norte do país devido ao lançamento de 'rockets' a partir do Líbano. Em retaliação, Israel invadiu e bombardeou o Líbano. No final de novembro, os dois países acordaram um cessar-fogo de 60 dias.

Esta semana, a Amnistia Internacional denunciou que o grupo xiita libanês Hezbollah perpetrou crimes de guerra, ao lançar 'rockets' contra território israelita que provocaram vítimas civis.

Num relatório publicado na sexta-feira, a organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos revela que examinou três ataques perpetrados pelo grupo libanês em outubro que fizeram oito mortos e pelo menos 16 feridos em Israel, tendo concluído que estes atos representam violações do Direito Internacional, na sequência de uma utilização "imprudente" deste tipo de armamento.

Nestes bombardeamentos, acrescenta a Amnistia Internacional, o Hezbollah terá utilizado sistemas de lançamento múltiplo de 'rockets' não guiados, cujos projéteis carecem de fiabilidade em termos dos objetivos que pretendem atingir.

Os especialistas da ONG - que examinaram as provas relativas a estes ataques nos últimos meses - entendem que o princípio da distinção entre objetivos militares e civis não foi respeitado, embora o contexto fosse de guerra.

O grupo xiita libanês pró-iraniano declarou em várias ocasiões que os seus ataques eram dirigidos contra objetivos militares, mas admitiu em outros momentos que também procurava impactar localidades civis em geral.

A Amnistia Internacional investiga há meses os efeitos colaterais do conflito desencadeado entre as Forças de Defesa de Israel e o Hezbollah, que começou há mais de um ano, mas que se intensificou em setembro passado.

O fogo cruzado entre o grupo libanês Hezbollah e Israel, iniciado em 08 de outubro de 2023, evoluiu para uma situação de guerra, com bombardeamentos constantes das forças israelitas, que também lançaram incursões terrestres.

O Hezbollah iniciou ataques contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, um dia depois de um ataque do grupo extremista palestiniano ter desencadeado uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

As autoridades libanesas estimam que mais de 4.000 pessoas tenham morrido devido aos ataques de Israel, enquanto as autoridades israelitas estimam o número de mortos do outro lado da fronteira em mais de uma centena.

Leia Também: Ataques israelitas em Gaza fazem 22 mortos durante visita de enviado do Vaticano

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