Médio Oriente? "Todas as guerras têm regras e todas foram violadas"

O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, denunciou hoje que todas as leis da guerra foram violadas na Faixa de Gaza e pediu um cessar-fogo.

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© LUDOVIC MARIN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
22/12/2024 21:33 ‧ há 4 horas por Lusa

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"Todas as guerras têm regras e todas essas regras foram violadas. Um cessar-fogo, uma pausa para os civis onde quer que se encontrem, incluindo Gaza, e a libertação imediata dos reféns são há muito necessários", afirmou Philippe Lazzarini, numa mensagem publicada nas redes sociais.

 

Além disso, o responsável da UNRWA denunciou que, nas últimas horas, se registou uma escalada de ataques a escolas e hospitais.

"O mundo não deve ficar insensível", defendeu.

Na madrugada de hoje, um bombardeamento israelita matou pelo menos oito palestinianos na escola Musa Bin Nusair, na cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, segundo o serviço de emergência da Defesa Civil.

Entretanto, na zona de Nuseirat e Deir el-Balah, no centro do enclave, pelo menos dez palestinianos, incluindo duas crianças, foram mortos na sequência de um outro ataque israelita.

Entre sábado à noite e hoje, Hussam Abu Safiy, diretor do hospital Kamal Adwan, a única unidade hospitalar parcialmente operacional em Beit Lahia, no norte de Gaza, informou que o edifício, que acolhe cerca de 400 pacientes e pessoal, foi alvo de um ataque direto sem aviso prévio.

Isto acontece num momento em que decorrem negociações indiretas entre o governo israelita e a organização palestiniana Hamas para a libertação de reféns, através de um acordo que prevê a troca de prisioneiros e um cessar-fogo.

De acordo com o último relatório do Ministério da Saúde palestiniano, divulgado hoje, nos últimos 14 meses de guerra em Gaza foram mortas 45.259 pessoas e 107.627 ficaram feridas.

As autoridades costumam sublinhar que estes números não incluem os cerca de 11.000 cadáveres que ainda estão nos escombros ou nas estradas (segundo estimativas do governo do Hamas), aos quais os serviços de emergência não têm acesso.

A contagem também não inclui os corpos que não são levados para os hospitais.

Leia Também: Síria. Guterres destaca momento "de esperança" mas também "de incerteza"

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