Kremlin: É "muito cedo" para dizer se Putin procurará reeleição em 2024

"O presidente não fez quaisquer declarações sobre o assunto", explicou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, quando questionado acerca da temática.

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© ALEXEI BABUSHKIN/SPUTNIK/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
23/01/2023 13:47 ‧ 23/01/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse esta segunda-feira ser ainda "muito cedo" para falar sobre uma eventual recandidatura presidencial de Vladimir Putin nas eleições de 2024, está a reportar a Reuters.

Questionado sobre se o atual presidente do país estava a planear concorrer a um novo mandato, Peskov ressalvou: "O presidente não fez quaisquer declarações sobre o assunto".

As declarações foram proferidas pelo porta-voz do Kremlin após ser questionado sobre se já estava a ser preparada uma campanha presidencial, ao que Peskov recordou que a liderança russa tem, atualmente, "muitos assuntos" com que se preocupar que não esse - numa clara alusão à guerra na Ucrânia.

A questão surgiu numa altura em que tem já vindo a surgir, nos meios de comunicação social da Rússia, alguma especulação acerca dos planos de Vladimir Putin para as eleições que estão previstas para 2024.

De recordar que, no ano de 2021, o atual chefe de Estado russo tinha aprovado uma lei que lhe dava a possibilidade de se recandidatar por mais duas vezes - o que lhe garantiria, potencialmente, uma permanência do cargo até 2036. 

Caso isso venha mesmo a acontecer, a dimensão do seu mandato ultrapassará, até, a de Joseph Stalin, que governou a União Soviética durante 29 anos.

É de lembrar, no entanto, que tanto organizações de direitos humanos, como observadores independentes e vários governos ocidentais têm acusado as eleições na Rússia de não serem justas - com Putin a ter até exilado, anulado politicamente ou até mesmo ordenado a detenção de todos os seus principais opositores ao longo das últimas duas décadas. Existiram também, por sua vez, relatos de fraude eleitoral, negados pelo Kremlin.

As eleições previstas para 2024 começam, assim, a ser discutidas num contexto que fica marcado pela guerra na Ucrânia - que, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), tirou já a vida de mais de sete mil civis e feriu outros 11 mil. 

Leia Também: Estónia expulsa embaixador russo como medida "recíproca"

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