Fonte do Ministério do Interior iraquiano, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP), adiantou que entre 400 a 500 manifestantes protestaram diante da missão diplomática da Suécia em Bagdade e tentaram entrar no edifício da embaixada, tendo sido impedidos pela polícia, o que desencadeou os confrontos.
A fonte adiantou que os manifestantes, ao serem impedidos pela polícia, começaram a atirar pedras, o que levou as forças da ordem a recorrerem ao uso de bastões para dispersar as pessoas, tendo os confrontos provocado oito feridos.
Após a intervenção da polícia, os manifestantes começaram então a dispersar, referiu um repórter fotográfico da AFP.
A manifestação ocorreu a pedido de grupos pró-Irão muito ativos no Iraque, um país maioritariamente muçulmano.
Entre outras, os manifestantes gritaram palavras de ordem como "não à Suécia, sim ao Alcorão".
Na vizinha Síria, em al-Bab, uma cidade do norte sob o controlo das forças turcas, algumas centenas de pessoas também se manifestaram pelos mesmos motivos, informou o correspondente da AFP.
Os manifestantes queimaram a bandeira sueca e entoaram palavras de ordem contra o país nórdico.
Os protestos acontecem dois dias depois de o extremista de direita sueco-dinamarquês Rasmus Paludan ter queimado uma cópia do Alcorão em Estocolmo, ato destinado a denunciar as negociações suecas com a Turquia sobre a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
A polícia sueca considerou, então, que a Constituição e as liberdades de manifestação e expressão na Suécia não justificavam a proibição desta manifestação em nome da ordem pública.
A autorização dada a esta manifestação anti-islâmica provocou um incidente diplomático com a Turquia, com muitos outros países muçulmanos a expressarem indignação.
Leia Também: Suécia deixará de ter apoio turco à NATO "se não respeitar crenças"