Explosões registadas perto da central nuclear de Zaporíjia, diz AIEA
Perante tal facto, Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, voltou a pedir a criação de uma zona de proteção em redor da central nuclear.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, explicou que os sistemas desta agência nuclear da ONU registaram fortes explosões nas proximidades da central nuclear de Zaporíjia, atualmente ocupada pela Rússia, reporta a Reuters.
"Ontem [quarta-feira], oito fortes explosões foram ouvidas, por volta das 10 horas locais, fazendo vibrar as janelas dos escritórios da fábrica, e mais foram audíveis" na quinta-feira, explicou o principal rosto da agência nuclear citada, numa declaração divulgada ontem.
Perante tal facto, Grossi voltou a pedir a criação de uma zona de proteção em redor da central nuclear - tendo ainda esclarecido que, discutiu, com a União Europeia, essa mesma proposta, e que se prepara para realizar novas conversações com Moscovo a este propósito.
Porém, Renat Karchaa, um conselheiro do responsável máximo da Rosenergoatom, que controla as centrais nucleares na Rússia, considerou que tais alegações eram infundadas.
"Apenas posso descrevê-las como uma provocação. Antes de se fornecer tal informação, é preciso confirmá-la e garantir que não é apenas baseada num rumor", disse ainda Karchaa, aqui citado pela agência russa TASS.
E acrescentou: "Por um lado, eles querem mostrar que estão a fazer algo útil. Por outro, estão novamente a semear na opinião pública ocidental a dúvida de que, de alguma forma, a Rússia não consegue lidar com a manutenção da segurança nuclear".
De recordar que as forças russas conseguiram o controlo da central nuclear de Zaporíjia em início de março, poucos dias após o início da invasão. Desde então, Kyiv e Moscovo têm-se vindo a acusar, respetivamente, do bombardeamento de zonas nas proximidades daquela que é tida como a maior central nuclear da Europa.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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