A liderança militar israelita decidiu enviar para Cisjordânia, território ocupado por Israel, o 101.º batalhão de paraquedistas, um corpo de reconhecimento também desses militares e ainda o 17.º batalhão da Escola Profissional do Corpo de Infantaria, noticia a agência Europa Press.
Além disso, o Governo israelita está, segundo fontes do jornal Times of Israel, preparado para discutir uma série de passos numa reunião hoje à noite do gabinete de segurança de alto nível, incluindo acelerar a emissão de licenças de armas de fogo para civis e o financiamento adicional para a compra de armas.
Na noite de sexta-feira, um palestiniano de 21 anos matou sete pessoas perto junto a uma sinagoga em Jerusalém Oriental durante as orações do 'Shabbat', antes de ser morto a tiro pela polícia, após uma perseguição.
Este ataque ocorreu um dia depois de um outro levado a cabo pelo exército israelita em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, que provocou a morte de nove palestinianos.
Já hoje, duas pessoas, um pai e um filho, foram baleados e feridos em Jerusalém Oriental por um palestiniano de 13 anos.
A decisão de Israel de enviar mais militares para uma zona de alta tensão entre israelitas e árabes nos territórios ocupados vai contra os apelos feitos hoje por grande parte da comunidade internacional.
Países árabes como o Egito, a Jordânia, o Bahrein, Omã e a Arábia Saudita alertaram para a perigosa escalada de violência entre os lados palestiniano e israelita e pediram moderação e o fim da agressão e de medidas provocatórias.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou "veementemente" o ataque armado junto à sinagoga em Jerusalém Oriental, considerando-o "particularmente desprezível" por ter ocorrido no dia internacional da Memória do Holocausto e apelou ao diálogo.
Os Estados Unidos condenaram "nos termos mais fortes" e a União Europeia disse estar chocada com o ataque de sexta-feira e também com os ataques anteriores, frisando que os "terríveis acontecimentos" mostram que "é urgente reverter esta espiral de violência e lançar iniciativas de peso para retomar as negociações de paz".
A diplomacia russa manifestou "profunda preocupação" com o escalar da tensão entre palestinianos e israelitas e apelou à "máxima contenção" de todas as partes, após os ataques em Jerusalém Oriental.
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