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Países da OMS pedem resposta da organização aos abusos sexuais na RDCongo

Os países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) pediram hoje à entidade para avançar nas respostas ao recente escândalo de abusos sexuais na República Democrática do Congo (RDCongo), que afetou pelo menos 63 mulheres e raparigas.

Países da OMS pedem resposta da organização aos abusos sexuais na RDCongo
Notícias ao Minuto

20:52 - 31/01/23 por Lusa

Mundo RDCongo

"Deve dar-se uma resposta a cada denúncia, dentro de um plano razoável, e os responsáveis devem ser castigados", lê-se numa declaração conjunta, lida pelo embaixador britânico em representação de mais de meia centena de países-membros, no âmbito das reuniões do comité executivo da OMS.

O texto, citado pela agência Efe, acrescenta que as vítimas devem receber apoio e que a OMS deve destinar uma parte do orçamento para combater o assédio sexual, embora note também que a organização já fez progressos a este respeito, depois de ter admitido os factos relatados em 2021.

Em setembro desse ano, uma comissão de investigação interna da OMS concluiu que pelo menos 21 empregados da organização eram suspeitos de ter cometido abusos sexuais contra mulheres e raparigas durante a resposta ao surto de Ébola no país, entre 2018 e 2020.

A comissão determinou, depois de um ano de pesquisas, que algumas das vítimas receberam promessas de empregos em troca de relações sexuais, e recebeu também denúncias de nove possíveis violações, assim como extorsões a mulheres que foram obrigadas a abortar no seguimento desses abusos.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus sublinhou hoje que se aprovou, em setembro de 2022, um fundo de 2 milhões de francos suíços, sensivelmente o mesmo em euros, para ajudar as vítimas.

Leia Também: Congo critica "silêncio cúmplice" sobre "ataques armados por estrangeiros"

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