"Assim, Timor-Leste alinha a sua posição com a decisão da ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático], que endossou a República da Indonésia como candidato único da organização ao Conselho de Direitos Humanos para o período de 2024-2026, suspendendo a sua candidatura até à eleição do Conselho de Direitos Humanos para o período de 2027-2029", disse o Governo, em comunicado.
A decisão do executivo suspende uma candidatura decidida há dois anos e ocorre numa altura em que Timor-Leste está a trabalhar para o processo de adesão plena à ASEAN, onde tem desde novembro o estatuto de observador.
Timor-Leste e os países-membros da ASEAN vão definir esta semana as linhas mestras do processo de adesão, numa reunião que vai decorrer em Jacarta, disse à Lusa, na terça-feira, a ministra dos Negócios Estrangeiros.
Esta é a primeira reunião em que Timor-Leste participa como observador e uma oportunidade para o país e os Estados-membros da ASEAN definam as linhas mestras do processo a cumprir para que Díli possa, ainda este ano, aderir como membro de pleno direito à organização, considerou Adaljiza Magno.
"Trata-se da reunião do Conselho Coordenador da ASEAN (CCA), uma reunião ao nível de ministros dos Negócios Estrangeiros e é o primeiro encontro em que Timor-Leste vai participar desde a decisão do ano passado de que Timor-Leste, em princípio, vai ser membro", disse a ministra.
"É também a primeira reunião da presidência indonésia da ASEAN, o que nos permite, com o estatuto de observador, começar a adaptar-nos à cultura e tradição da organização, familiarizando-nos com as reuniões e o processo", afirmou Magno, que vai representar Timor-Leste no encontro.
A reunião de dois dias em Jacarta, seguida de um retiro, vai permitir igualmente avançar com várias decisões políticas, incluindo submeter um conjunto de recomendações para a cimeira da ASEAN, prevista para maio.
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