A Ucrânia está à espera de uma possível ofensiva russa este mês, na sequência do primeiro aniversário da invasão - que se marca no dia 24.
No entanto, em conferência de imprensa, o ainda ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, revelou que as tropas de Kyiv têm reservas para conter as forças de Moscovo, embora nem todos os equipamentos militares - anunciados mais recentemente pelo Ocidente - cheguem a tempo deste momento.
Reznikov considerou que este novo ataque seria lançado por razões simbólicas, mas acredita que a Rússia não está pronta para esta ofensiva no que diz respeito à questão militar.
De recordar que foi hoje anunciado que o chefe dos serviços secretos militares ucranianos, Kyrylo Budanov, vai substituir Oleksiï Reznikov como ministro da Defesa, não se sabendo a data prevista da remodelação ministerial.
A substituição deverá ocorrer antes desta esperada ofensiva russa e segue-se a escândalos de corrupção envolvendo o gabinete do ministro da Defesa.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: "Genocídio". Primeira-dama ucraniana condena ataques em Kharkiv e Kherson