Sob o lema "Tornar a agricultura resiliente para as mudanças climáticas, escassez de água, uma oportunidade para ação e colaboração", o II Fórum Internacional WASAG vai decorrer na cidade da Praia entre 07 e 10 de fevereiro, depois de o país ter recebido o mesmo evento em 2019.
Durante os quatro dias, são esperados aproximadamente três centenas de especialistas internacionais, profissionais e ativistas nacionais para debater os desafios para a agricultura resiliente no contexto das alterações climáticas globais.
"O segundo fórum visa, entre outros, mobilizar compromissos políticos para acelerar as ações estratégicas, incluindo as políticas públicas e investimentos necessários para enfrentar a escassez de água na agricultura, formular mensagens assertivas sobre a escassez de água na agricultura nos principais eventos internacionais", conforme uma nota da organização.
Também pretende proporcionar espaços de reflexões e contribuições para a avaliação a meio percurso do estágio de implementação dos Objetivos da Década Internacional para a Ação (2018--2028), na Conferência Mundial sobre a Água das Nações Unidas, em março de 2023, e discutir as formas de tornar mais efetiva e impactante as parcerias para a implementação da nova Estratégia de Ação do WASAG no período 2021--2024.
A cerimónia oficial de abertura vai ser presidida pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, enquanto o encerramento vai ser copresidido pelo presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, e pela diretora-geral adjunta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a cabo-verdiana Maria Helena Semedo.
Após ser designado novamente para receber o fórum, a organização informou que estão a decorrer negociações com vista a possibilidade de a cidade da Praia vir a ser declarada a "Cidade Capital Mundial do WASAG".
O Quadro Global sobre a Escassez de Água na Agricultura (WASAG, na sigla em inglês) foi criado em 2017 pela FAO e reúne mais de 60 parceiros, incluindo governos e organizações intergovernamentais, agências da ONU, instituições académicas e de pesquisa, e organizações da sociedade civil e do setor privado de todo o mundo.
Todos estão "comprometidos em identificar e implementar respostas concretas para abordar em conjunto a escassez de água na agricultura, num mundo onde as alterações climáticas são uma preocupação", refere a organização.
O primeiro fórum, que aconteceu em março de 2019, também na Praia, reuniu mais de três centenas e meia de especialistas em agricultura, economia, finanças, recursos hídricos, climatologia, desertificação, académicos, cientistas e ativistas ambientais de 48 países e representantes de conceituados centros de pesquisas e universidades da Europa, Ásia, África e Américas.
Na declaração final do primeiro evento, os participantes comprometeram-se a incentivar tecnologias inovadoras adaptadas às condições locais, incluindo as que diminuem perdas e permitem reutilizar águas residuais tratadas.
Leia Também: Fumeiro e agricultura biológica em destaque na Feira de Sabores de Chaves