Em plena tentativa de dar a volta ao mundo de minimoto, o português André Sousa, que se encontrava apeado em Gaziantep, deu o seu testemunho sobre o sismo que abalou o sul da Turquia na madrugada desta segunda-feira, resultando em milhares de mortos e feridos.
"Foi uma experiência para contar no futuro, mas nada agradável de momento. Saltou tudo fora das paredes. Eram 4h15 da manhã e senti o terramoto porque começaram a cair as garrafas que estavam no parapeito da cama em cima da minha cabeça", contou o português à SIC Notícias.
Em plena transmissão, aliás, André Sousa relatou uma réplica do sismo. "Estamos, neste momento, a sentir uma réplica. Cada 10, 15 minutos sente-se uma réplica que abana um pouco, mas nada a ver com aquela primeira réplica às 12h30 aqui. Estas são mais suaves. A eletricidade vai abaixo, não há água, só quem tem geradores é que tem acesso a eletricidade", disse o português.
Segundo André Sousa, as pessoas têm preferido manter-se nas ruas, com medo de eventuais desabamentos nas casas e prédios. "O raio deste sismo foi bastante grande e não há bombeiros e polícias suficientes para os estragos. Não podem ir de casa em casa ou de hotel em hotel a ver os estragos. Estão preocupados com os edifícios que estão completamente destruídos e retirar feridos é a prioridade", continuou.
Um sismo atingiu, de madrugada, o sul da Turquia e a Síria, fazendo mais de 1.300 mortos, com uma intensidade de 7.7 na escala de Richter, segundo o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Seguiram-se dezenas de réplicas que afetaram os trabalhos de busca e socorro de vítimas nas dez províncias afetadas.
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