A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, - cujo país preside ao Conselho da UE este semestre - anunciaram em comunicado a intenção de organizar a conferência em Bruxelas, em coordenação com as autoridades turcas.
O evento estará aberto aos Estados-membros da UE, países vizinhos, membros da ONU, instituições financeiras internacionais e outras partes interessadas.
O objetivo da iniciativa é coordenar a resposta dos doadores e arrecadar recursos para apoiar a recuperação das pessoas afetadas nas áreas atingidas pelo sismo na Turquia e na Síria.
A conferência será presidida conjuntamente pelo comissário europeu para as Negociações de Vizinhança e Alargamento, Olivér Várhelyi, e pelo ministro sueco da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Comércio Externo, Johan Forssell.
Von der Leyen deixou claro que é hora de "trabalhar incansavelmente" para tentar "salvar o máximo de vidas possível, já que muitas pessoas ainda estão soterradas sob os escombros dos edifícios", razão pela qual a UE ativou de imediato o Mecanismo de Proteção Civil, através do qual enviou até agora 31 equipas de busca e salvamento e cinco equipas médicas com a cooperação de 23 países.
Bruxelas também anunciou, esta quarta-feira, o envio de ajuda humanitária de emergência à Turquia e à Síria no valor de 6,5 milhões de euros, para ajudar nos esforços de resgate e oferecer assistência às pessoas que precisam de abrigo, água e cuidados de saúde.
A UE está ainda em contacto com as organizações humanitárias com as quais colabora regularmente na Síria e com as agências da ONU neste país, que até agora têm sido os intermediários para tentar fazer chegar a ajuda europeia às vítimas do sismo.
No entanto, as autoridades responsáveis pela passagem fronteiriça de Bab al Hawa - que liga a província síria de Idlib à Turquia e é a única via de entrada de mantimentos nas áreas da oposição no noroeste da Síria - asseguraram, esta quarta-feira, que nenhuma ajuda humanitária entrou na região desde o terramoto de segunda-feira passada.
O comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, viaja quinta-feira para a Turquia para visitar as zonas afetadas pelo sismo.
O abalo de segunda-feira, com uma magnitude de 7,8, seguido de várias réplicas, devastou o sudeste da Turquia e o norte da Síria.
Mais de 11.200 pessoas morreram nos dois países, segundo um balanço provisório das autoridades locais.
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