O Ministério da Defesa da Moldova confirmou, esta sexta-feira, que um míssil russo entrou no seu território e "condenou veementemente a violação do espaço aéreo" do país.
Em comunicado, o governo moldavo afirmou que "as estruturas responsáveis detetaram, às 10h18, um míssil, que atravessou o espaço aéreo da República da Moldova".
Segundo a nota, o míssil passou acima da localidade de Mocra, na região da Transnístria, e posteriormente sobre a localidade de Cosauti, no distrito de Soroca.
"O Ministério da Defesa, em colaboração com as estruturas responsáveis do país, acompanha de perto a situação na região, e condena veementemente a violação do espaço aéreo da República da Moldávia", lê-se ainda.
Na rede social Twitter, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Daniel Voda, afirmou que o ministro Nicu Pepuscu já instruiu o ministério para "convocar urgentemente o embaixador russo, Oleg Vasnetsov, para chamar a atenção do lado russo para a inaceitável violação" do espaço aéreo da Moldova.
A confirmação surgiu após o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, Valeriy Zaluzhnyi, ter revelado que dois mísseis russos entraram nos espaços aéreos da Moldova e da Roménia esta manhã.
“Hoje, 10 de fevereiro, às 10h18 [8h18 em Lisboa], dois mísseis russos Kalibr cruzaram a fronteira estatal da Ucrânia com a República da Moldova”, referiu o responsável. “Aproximadamente pelas 10h33 [8h33], esses mísseis cruzaram o espaço aéreo romeno”, acrescentou.
Segundo Zaluzhnyi, os mísseis, que foram lançados no Mar Negro, viriam depois a entrar “novamente no espaço aéreo da Ucrânia no ponto de passagem das fronteiras dos três estados”.
Sublinhe-se que a Roménia faz parte da União Europeia e da aliança transatlântica NATO.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
[Notícia atualizada às 10h56]
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