Mais de 35.000 pessoas morreram em consequência do violento sismo que abalou há uma semana a Turquia e a Síria, indicam dados oficiais divulgados esta segunda-feira.
De acordo com autoridades e médicos, o sismo de magnitude 7,8 matou 31.643 pessoas no sul da Turquia, enquanto se contabilizaram outros 3.581 mortos na Síria, elevando o total confirmado para 35.224.
A ONU disse, no domingo, que o balanço de vítimas mortais poderá duplicar, dado que milhares de pessoas continuam sob os escombros dos prédios que colapsaram.
Quase 4.500 operações de busca e resgate estão em curso na Turquia e cerca de 400 estão concluídas, avançou o ministro do Interior, Suleyman Soylu, em conferência de imprensa.
"Estamos a viver o maior desastre da história", acrescentou.
O Aeroporto de Hatay, cuja pista ficou danificada pelo terramoto, reabriu esta segunda-feira, depois das reparações, adicionando uma importante via para entregas de ajuda e evacuações da região devastada.
Imagens do TRT World da Turquia mostram aviões a descarregar caixas de papelão com colchões e cobertores na noite de domingo.
Os dois países foram atingidas, na madrugada de segunda-feira, por um terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, a que se seguiram várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5.
Vários países, incluindo Portugal, enviaram equipas especializadas de busca e salvamento para a Turquia, mas a ajuda à Síria tem sido dificultada pela guerra civil iniciada em 2011.
O conflito na Síria já matou quase meio milhão de pessoas e devastou as infraestruturas do país.
A região afetada pela catástrofe de há uma semana, no noroeste da Síria, é uma das que estão sob controlo de forças rebeldes que combatem o regime do Presidente Bashar al-Assad, que conta com o apoio da Rússia e do Irão.
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