"Se não chegarmos a uma situação favorável para ambas as partes, cada um vai ter de fazer as malas e ir embora", disse o chefe de Estado num comício de lançamento da sua reeleição presidencial, em 2024, na sua cidade natal de Moshupa, a 65 quilómetros da capital, Gaborone.
De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o acordo de 2011 prevê que a Debswana, a empresa detida em partes iguais pelo Governo e pela De Beers, funcione até 2021, mas a parceria foi prolongada até 30 de junho deste ano devido à pandemia.
Ao abrigo deste acordo, a De Beers vende 90% dos diamantes, ao passo que o Botsuana leiloa 10%, através da Companhia Diamantífera Okavango, mas em 2020 a percentagem do Governo foi aumentada para 25%.
"Agora, descobrimos como funciona o mercado de diamantes e descobrimos que estamos a receber muito menos do que devíamos, disse Masisi no discurso aos apoiantes, no qual pediu o apoio de todo o país e disse que o país enfrentava "o Golias dos diamantes".
"Descobrimos que os diamantes estão a dar muito lucro e que o acordo [de 2011] não foi benéfico para nós; estamos a aumentar a aposta porque queremos uma fatia maior dos nossos diamantes, não pode ser 'business as usual'", salientou o líder do maior produtor de diamantes na África subsaariana.
A economia do Botsuana deverá ter crescido 6,7% no ano passado e as previsões do Ministério das Finanças apontam para um abrandamento para cerca de 5% neste e no próximo ano.
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