Com mais de dois milhões de habitantes, Gaziantep não sofreu o grau de devastação de outras cidades da região, mas pela capital de distrito encontram-se dezenas de edifícios colapsados, sendo ainda mais comum ver pelas avenidas prédios com algum tipo de fissuras provocadas pelo sismo de 06 de fevereiro.
Nos primeiros dias após o sismo, o trânsito pela cidade era praticamente inexistente, as lojas e restaurantes estavam todos fechados e era raro encontrar-se pessoas a andar pelas ruas da cidade.
Hoje, começa a sentir-se alguma normalidade a regressar àquela cidade.
De manhã, carrinhas já transportavam trabalhadores para a zona industrial da cidade, onde se concentram as fábricas de produção de tapetes (há mais de 100 em Gaziantep, que se assume como um dos maiores fabricantes de tapetes do mundo).
Pela baixa da cidade, a agência Lusa viu lojas de todo o tipo abertas, assim como alguns restaurantes de 'kebab' e cafés, apesar de ainda serem muitos os estabelecimentos que optam por estarem fechados.
Com vista para o castelo com cerca de 2.000 anos que também foi afetado pelo sismo, pessoas andavam pelas ruas e o trânsito já algo caótico marcava o ambiente sonoro do centro de Gaziantep.
Outras cidades não terão a mesma hipótese de tentar, uma semana depois, retomar algum tipo de normalidade.
A uma hora de distância, em Nurdagi, há prédios colapsados por todo o lado, com ruínas a bloquearem várias vias daquela pequena cidade.
Ali, ao contrário de Gaziantep, ainda domina o som de maquinaria pesada a revolver os escombros.
O número de mortos provocados pelos sismos que abalaram a Turquia e a Síria há uma semana ultrapassou os 35 mil, anunciaram hoje as autoridades dos dois países.
As autoridades turcas registaram pelo menos 31.643 mortos no país.
Leia Também: Ajuda curda entra pelo noroeste da Síria após uma semana de bloqueio