Alisa Day, a ativista norte-americana detida no início do mês por passear uma vaca na Praça Vermelha, no centro da capital russa de Moscovo, ficou proibida de entrar na Rússia até 13 de fevereiro de 2063, ou seja, durante um período de 40 anos.
Segundo revelou a mulher de 34 anos, numa publicação num grupo fechado do Facebook, a que o The Moscow Times teve acesso, a proibição foi motivada pelo facto de não ter registado a sua entrada junto das autoridades russas e por ter resistido à detenção quando passeava com o animal.
“Vou tentar recorrer da decisão que não me deixa regressar à Rússia durante 40 anos, as minhas vacas vão morrer antes disso”, lamentou Day, acrescentando que não tem “nada contra a Rússia” e que apenas queria poupar o animal da morte.
O juiz do tribunal distrital de Tverskoy condenou a mulher, no início de fevereiro, a uma pena de 13 dias de prisão e ao pagamento de uma multa de 20 mil rublos [cerca de 261 euros], por ter participado num protesto não autorizado e resistido à ordem de detenção.
À agência de notícias russa TASS, Alicia explicou que comprou o animal, batizado de ‘Doctor Cow’ [Doutora Vaca, na tradução livre], num mercado “para que não fosse comido”. “Decidi levá-lo a um lugar bonito e mostrar-lhe o país. Só queria mostrar ao Doctor Cow a Praça Vermelha”, explicou, acrescentando que não se arrependia do sucedido.
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