O presidente da república russa da Chechénia, Ramzan Kadyrov, revelou, este domingo, ter intenções de criar “uma empresa militar privada” e “competir” com Yevgeny Prigozhin, líder do grupo de mercenários Wagner.
Numa publicação, na plataforma Telegram, Kadyrov afirmou “alegrar-se com os sucessos” do Grupo Wager, “uma empresa militar privada” que “conseguiu alcançar resultados muito impressionantes”.
“Apesar de todas as dificuldades, o Grupo Wagner atinge o seu objetivo em qualquer situação”; frisou.
Kadyrov afirmou ainda que as forças especiais chechenas Akhmat, “juntas, lado a lado e em estreita cooperação” com o Grupo Wagner, têm “libertado a terra dos maus espíritos fascistas”, permanecendo “fiéis ao dever e à honra militar”.
Considerando que “formações profissionais são essenciais e necessárias”, Ramzan Kadyrov fez um anúncio: “Quando terminar o meu trabalho no serviço público, pretendo seriamente competir com o nosso querido irmão Yevgeny Prigozhin e criar uma empresa militar privada”.
Kadyrov, que governa a Chechénia com mão de ferro, é considerado próximo do presidente russo, Vladimir Putin, e tem uma milícia paramilitar, a 'kadyrovtsy'. No início da ofensiva russa, circularam nas redes sociais imagens de uma praça em Grozny, capital da Chechénia, cheia de soldados supostamente a caminho da Ucrânia. As forças sob o controle de Kadyrov são acusadas de vários abusos na Chechénia.
A 26 de fevereiro, o líder da Chechénia confirmou a participação das tropas da república na invasão russa da Ucrânia.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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