"Estamos a discutir com o Governo de Biden a possibilidade de a presença militar [dos Estados Unidos] ser expandida, tanto em tempo, quanto em número", afirmou Mateusz Morawiecki, numa entrevista ao programa 'Face the Nation', da televisão CBS.
Neste momento, existem 11.000 militares norte-americanos deslocados na Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia, em serviço rotativo. O país também recebeu novos sistemas "Patriot" para modernizar o seu arsenal.
"As duas coisas andam juntas e estamos muito gratos", acrescentou o primeiro-ministro polaco.
Morawiecki, durante a entrevista, reiterou a posição do seu país sobre a aproximação da guerra.
"A Ucrânia deve vencer e a Rússia deve ser derrotada. Claro que podemos negociar, mas tem que ser nas condições e na definição apresentada pelos próprios ucranianos", defendeu.
"Cabe a eles definir quais os termos e as condições aceitáveis para negociar com o Kremlin", acrescentou.
O Presidente Biden estará na Polónia entre segunda e quarta-feira, para se reunir com seu homólogo polaco, Andrzej Duda, e outros líderes europeus com quem discutirá o apoio internacional à Ucrânia, entre outros assuntos.
Conforme detalhou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, Biden abordará com Duda não apenas "esforços coletivos" para ajudar a Ucrânia, mas também a cooperação bilateral entre Washington e Varsóvia.
Jean-Pierre confirmou que o Presidente dos Estados Unidos também se reunirá com os líderes do grupo Bucareste Nine, formado pela Roménia, Polónia, Hungria, Bulgária, República Checa, Eslováquia, Estónia, Letónia e Lituânia.
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