Novo sismo de magnitude 6,4 abala sul da Turquia

Terramoto atingiu província de Hatay, a mesma destruída pelo grande terramoto de há duas semanas.

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Carmen Guilherme com Lusa
20/02/2023 17:40 ‧ 20/02/2023 por Carmen Guilherme com Lusa

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Turquia

A Turquia foi novamente abalada, esta segunda-feira, por um terramoto de magnitude 6,4 na escala de Richter. Segundo as informações divulgadas nas redes sociais, citando a presidência turca de Gestão de Emergências e Desastres (AFAD), o sismo ocorreu na província de Hatay, a mesma afetada há duas semanas pelo terramoto que deixou o país em ruínas. 

De acordo com o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico, o sismo desta segunda-feira ocorreu a uma profundidade de dois quilómetros. O abalo atingiu a cidade de Defne pelas 20h04 (17h04 em Lisboa) e foi fortemente sentido nas cidades de Antakya e Adana, a cerca de 200 quilómetros.

Além disso, foi relatada uma segunda réplica, de magnitude 5,8, com epicentro em Samanda.

Dados do observatório Kandilli, em Istambul, indicam que o tremor também foi sentido em países vizinhos, como Síria, Jordânia, Israel e Egito.

As autoridades turcas alertaram a população para se manterem longe da costa na província de Hatay, devido ao risco de subida do nível de água em meio metro, após este novo abalo.

Segundo o Al Jazeera, testemunhas indicaram que as equipas de resgate ainda no local devido à catástrofe que afetou o país no início do mês correram para tentar perceber se as pessoas estavam ilesas.

Imagens divulgadas pela agência Reuters - e que pode ver na fotogaleria acima - captaram o momento em que as pessoas sentiram o terramoto de hoje, em Antakya.

Pelo menos três mortos e mais de 200 feridos

Dados sobre danos ou vítimas permaneciam incertos nos primeiros momentos. Entretanto, foi conhecido que pelo menos três pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas nos dois fortes terramotos, segundo adiantou o ministro do Interior turco, Suleyman Soylu.

Estão a decorrer operações de busca e salvamento em três prédios desabados, onde um total de cinco pessoas estão presas, acrescentou.

A agência de notícias estatal da Síria, SANA, informou que seis pessoas ficaram feridas em Aleppo devido à queda de destroços.

A Defesa Civil Síria, que opera nas áreas de oposição ao regime, também conhecida como Capacetes Brancos, relatou que várias pessoas ficaram feridas no noroeste da Síria controlado pelos rebeldes na cidade de Jinderis, uma das cidades mais afetadas pelo terramoto de 6 de fevereiro.

Ahmet Ovgun Ercan, prestigiado geofísico da Universidade Técnica de Istambul, assegurou à estação HalkTV que este terramoto, que estimou de 17 segundos de duração, é um fenómeno normal e antecipou que alguns edifícios já danificados terão desabado.

Desde o terramoto de 6 de fevereiro, praticamente nenhum dos edifícios de Antaquia está habitável, mas há equipas de trabalho de remoção de entulho que podem ter ficado retidas devido a desabamentos.

Além disso, muitos sobreviventes têm o hábito de se reunir em torno de fogueiras em frente a edifícios desmoronados para ajudar na identificação de corpos e podem estar em risco se um edifício sobrevivente vizinho tiver desabado.

"Foi terrível, janelas partidas caíram sobre nós. Todos deixaram as lojas em pânico. Com a escuridão ainda não dá para ver o que aconteceu", realçou Ugur Sahin, repórter do jornal BirGün, à Efe por telefone.

Recorde-se que mais de 44.000 pessoas morreram na Turquia e na Síria na sequência de fortes abalos sísmicos no dia 6. Ao terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter - com epicentro em território turco - seguiram-se várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5.

Na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou para 84,5 milhões de dólares (79 milhões de euros) o pedido internacional de ajuda financeira destinado às vítimas destes sismos.

Segundo o Afad, mais de 6.000 tremores secundários foram registados desde os terramotos que devastaram o sul da Turquia e a Síria.

[Notícia atualizada às 22h17]

Leia Também: Missão portuguesa na Turquia. "Queria honrar-vos pela vossa humanidade"

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