Ucrânia. OMS contabiliza mais de 800 ataques à rede sanitária

A Organização Mundial de Saúde (OMS) contabilizou 802 ataques à rede de saúde da Ucrânia desde o início da invasão russa a este país, nos quais pelo menos 101 profissionais de saúde e doentes morreram.

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© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images

Lusa
22/02/2023 19:31 ‧ 22/02/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"A guerra exacerbou as necessidades de saúde, incluindo a necessidade de cuidados de saúde mental e apoio psicossocial", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa onde foram apresentados dados estatísticos coligidos por esta agência das Nações Unidas.

O tratamento de doenças crónicas, cancro, HIV, tuberculose e vacinação contra sarampo, poliomielite e covid-19 são outras necessidades cuja atenção foi dificultada pelo conflito, explicou o chefe da OMS, agência que nos últimos 12 meses forneceu apoio a 8,4 milhões de ucranianos.

A OMS pediu recentemente à comunidade internacional 240 milhões de dólares (cerca de 225 milhões de euros) para continuar a atender às necessidades de saúde na Ucrânia, onde espera conseguir fazer chegar ajuda a 11,4 milhões de pessoas este ano.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.199 civis mortos e 11.756 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Refugiados. Relatório "não confirma" suspeitas, diz autarca de Setúbal

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