O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou, esta quinta-feira, durante uma conferência de imprensa na capital ucraniana de Kyiv, que Espanha irá enviar 10 tanques de combate Leopard 2 para a Ucrânia. São mais quatro do que os seis anunciados ontem pela ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles.
Na conferência, ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o chefe de governo espanhol referiu que os veículos deverão “chegar nas próximas semanas ou meses”.
Já sobre o envio de aviões de combate, Sánchez afirmou não ser contra e reconheceu que o caminho para a paz passa por armar a Ucrânia, mas considerou que o assunto deve ser “discutido com os aliados”.
“Vi os efeitos da guerra e só tive um pensamento: o mundo internacional baseado em regras foi construído precisamente para evitar as imagens que vi hoje”, disse o governante, que esteve esta manhã a visitar as cidades de Bucha e Irpin.
“O meu país condena firmemente a agressão ilegal na Ucrânia e não reconhecemos a falsa agressão dos territórios ucranianos”, acrescentou, sublinhando que os ucranianos “não estão sozinhos neste guerra”.
Por seu lado, o presidente ucraniano agradeceu a “solidariedade de Espanha”, país que está a ajudar a proteger “os céus contra o terror dos mísseis russos”.
“Desde os primeiros dias da guerra que sentimos a solidariedade de Espanha. Durante este período, o vosso apoio só aumentou”, disse. “Estão a ajudar-nos a proteger os nossos céus contra o terror dos mísseis russos. Espanha está a ajudar a salvar as vidas dos ucranianos e a proteger as cidades”.
El presidente @sanchezcastejon está hoy en Kyiv para trasladar a Ucrania el apoyo del pueblo español.
— La Moncloa (@desdelamoncloa) February 23, 2023
Sánchez ha comparecido en rueda de prensa junto a @ZelenskyyUa https://t.co/9UwDsK4GEY
Pedro Sánchez anunciou esta manhã que chegou a Kyiv para se encontrar com Volodymyr Zelensky. Trata-se da segunda visita do chefe de governo espanhol desde o início da guerra na Ucrânia.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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