É uma tradição anual que, este ano, tem outros contornos. A um dia da data que assinala um ano do início da invasão russa na Ucrânia, o presidente daquele país, Vladimir Putin, celebrou o Dia do Defensor da Pátria com uma visita ao Túmulo do Soldado Desconhecido, liderando também uma cerimónia de homenagem aos militares, na Praça Vermelha, junto às paredes do Kremlin.
O chefe de Estado conversou com os soldados veteranos antes da cerimónia, marcada pela entrega de coroas de flores, por um minuto de silêncio, e pelo hino nacional.
"Vejo um grupo de jovens diante de nós. Quando fiz um discurso à Assembleia Federal anteontem, as minhas palavras finais foram que a verdade nos pertence. Mas, olhando para estes homens, quero acrescentar que o futuro, sem dúvida, também nos pertence", disse, citado pela agência TASS.
"É um dever sagrado do Estado cuidar daqueles que defendem a nação", complementou Putin, ao colocar uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido.
Também esta quinta-feira, o responsável revelou que o novo míssil balístico intercontinental russo Sarmat entrará ao serviço este ano, prometendo dar ao exército os meios de que necessitar para a guerra contra a Ucrânia.
O Dia do Defensor da Pátria é celebrado na Rússia, na Bielorrússia, no Quirguistão, no Cazaquistão, na Ucrânia e no Tajiquistão, remetendo para as vitórias soviéticas contra os alemães, a 23 de fevereiro de 1918.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de oito mil civis desde o início da guerra e 13.287 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Na véspera de um ano de guerra, Medvedev evoca "luta contra nazismo"