"Isto não pode continuar assim", afirmou.
A Polónia já recebeu mais de 1,5 milhões de refugiados ucranianos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, faz hoje um ano, e a Alemanha abriu portas a mais de um milhão.
Já a Espanha, que tem uma população maior que a da Polónia, recebeu menos de 160.000 pessoas, apontou a ministra alemã, citada pelos jornais do grupo Funke Mediengruppe.
Nancy Faeser reconheceu que a receção de refugiados ucranianos aumentou a pressão sobre Berlim por parte das autoridades regionais, que exigem mais recursos, e prometeu que todas as administrações regionais vão continuar a negociar nas próximas semanas.
A Federação Alemã de Municípios também se juntou ao apelo para uma maior solidariedade na Europa.
O seu presidente, Markus Lewe, sublinhou que "a Polónia e a Alemanha acolheram metade dos refugiados", pelo que considera "necessária" uma "distribuição equitativa" entre os países.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) anunciou na quinta-feira que há mais de 13 milhões de refugiados ucranianos, oito milhões dos quais estão espalhados pela Europa, sendo cinco milhões deslocados internos.
De acordo com a agência da ONU, as perspetivas destas pessoas estão ameaçadas pelas "contínuas hostilidades, insegurança e destruição", nas regiões de onde foram deslocados.
Com base num inquérito, o ACNUR concluiu que a maioria dos refugiados ucranianos fora e dentro do país quer voltar para casa, mas que apenas 12% tencionam fazê-lo nos próximos três meses.
A agência explica que os principais impedimentos para o regresso dos refugiados a casa são "preocupações com segurança" e problemas com os serviços básicos, incluindo eletricidade, água e infraestruturas sanitárias.
Os refugiados que expressaram a vontade de regressar nos próximos três meses são principalmente os mais velhos, os que estão separados das suas famílias ou os que enfrentam problemas de inclusão nos países de acolhimento.
Leia Também: Ucrânia. EUA criticam plano de paz da China e destacam fracasso da Rússia