"Há um ano começou a guerra absurda contra a Ucrânia. Fiquemos perto do povo ucraniano martirizado que continua a sofrer e interroguemo-nos: já terá sido feito tudo para parar a guerra? A paz construída sobre as ruínas nunca será uma verdadeira vitória", escreveu o Papa nas várias línguas das suas contas na rede social Twitter, que somam 54 milhões de seguidores.
Na quarta-feira, o papa tinha pedido um cessar-fogo na Ucrânia e o início das negociações de paz.
"Faço um apelo a todos aqueles que têm autoridade sobre as nações para que se envolvam no fim do conflito, concordem com um cessar-fogo e iniciem as negociações de paz", disse o pontífice no final da audiência geral realizada no Vaticano.
"O saldo de mortos e feridos, deslocados, destruição, prejuízos económicos e sociais fala por si. O Senhor poderá perdoar tantos crimes e tanta violência?", perguntou o Papa, antes de mostrar solidariedade ao povo ucraniano, "que continua a sofrer".
Um ano atrás tinha início a absurda guerra contra a Ucrânia. Permaneçamos próximos ao martirizado povo ucraniano, que continua sofrendo, e perguntemo-nos: foi feito todo o possível para deter a guerra? A paz construída sobre escombros nunca será uma verdadeira vitória.
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) February 24, 2023
O Vaticano tentou várias vezes uma mediação que foi rejeitada pela Rússia.
Numa conferência de imprensa, no regresso de sua viagem à África, o Papa reiterou a oferta de se encontrar com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com o russo, Vladimir Putin, explicando que não se deslocou a Kyiv porque, nesta altura, não pode ir a Moscovo.
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