Berlim e Paris pressionam G20 para falar claramente em "guerra"

A Alemanha e a França defenderam, esta sexta-feira, a inscrição no comunicado final do G20 Finanças do termo "guerra", um ano após a invasão russa da Ucrânia, apesar das reticências da Índia, país organizador da reunião.

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© Dominika Zarzycka/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
24/02/2023 23:20 ‧ 24/02/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

À imagem da China, a Índia não condenou a intervenção militar de Moscovo na Ucrânia e desde há um ano aumentou as importações de petróleo russo.

Segundo informações da imprensa, citadas pela AFP, o governo liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi opõe-se a incluir no comunicado conjunto do G20 Finanças o termo "guerra". A reunião termina no sábado em Bagalore.

"Desde há um ano, que somos testemunhas desta terrível guerra iniciada pela Rússia", disse aos jornalistas o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.

"E especialmente num dia como este, precisamos de clareza absoluta", afirmou o ministro em alusão à passagem de um ano desde o início da ofensiva russa, que começou em 24 de fevereiro de 2022.

"Trata-se de uma guerra que tem uma única causa, que é a Rússia e [o presidente russo] Vladimir Putin", acrescentou, considerando que "isso deve ser dito claramente nesta reunião" do G20.

Em novembro, durante uma cimeira do G20 na Indonésia a declaração final referia que "a maior parte dos (países) membros condenaram com firmeza a guerra".

Qualquer formulação mais moderada na Índia seria "inaceitável para a Alemanha", advertiu o ministro alemão.

O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, apoiou as declarações do seu homólogo alemão.

"Manifestamos a nossa oposição a qualquer recuo no comunicado conjunto em relação à declaração feita em Bali sobre a guerra na Ucrânia", afirmou em conferência de imprensa.

"Temos plena confiança na Índia para chegar a um comunicado enérgico", acrescentou.

Algumas reuniões do G20 acabaram sem declaração conjunta por falta de consenso entre os membros do grupo.

Leia Também: Guterres e Blinken discutem "paz justa" e extensão de acordo dos cereais

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