Wall Street fecha em alta com caça às oportunidades
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, graças à caça às ações com cotações consideradas baixas feita pelos investidores, depois de uma semana difícil, mas em ambiente que persiste dominado pela incerteza económica.
© Reuters
Mundo Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones ganhou 0,22%, o tecnológico Nasdaq avançou 0,63% e o alargado S&P500 progrediu 0,31%.
A praça bolsista beneficiou da recuperação radicada na sexta-feira, quando os principais índices se aproximaram de relevantes patamares técnicos, que tinham caído fortemente.
Hoje, os investidores focaram-se nas ações mais desvalorizadas na semana passada, como as mineiras Freeport McMoRan e Cleveland-Cliffs, bem como em títulos mais voláteis, como os da Netflix ou do construtor de veículos elétricos Rivian.
Wall Street saudou, por outro lado, uma acalmia no mercado obrigacionista, depois da subida recente devido a um reequilíbrio de apreciação dos investidores, que esperam agora que o banco central [Reserva Federal (Fed)] suba a taxa de juro de referência por três vezes, de um quarto de ponto percentual cada uma, até ao verão.
Depois de se ter aproximado dos quatro por cento ao início do dia bolsista, um máximo em mais de três meses, o rendimento do título de dívida pública federal a 10 anos distendeu-se para 3,92%, abaixo inclusive dos 3,94% do fecho de sexta-feira.
Este clima relativamente apaziguado aproveitou aos valores tecnológicos, como AMD, Texas Instruments ou Broadcom, muito sensíveis às taxas de juro que condicionam o financiamento do seu crescimento.
Mas o entusiasmo dos investidores foi diminuindo com a passagem do tempo, até que o Dow Jones e o Nasdaq acabaram com uma variação escassa.
Os investidores acolheram friamente o indicador do dia, relativo às encomendas de bens duradouros nos EUA, que saíram em baixa de 4,5% em janeiro, em termos mensais, depois de um aumento de 5,1% em dezembro, uma queda acima da que os economistas esperavam (3,6%).
Em particular, os investidores retiveram o indicador purgado dos dados relativos aos transportes, que exibiu uma subida mensal de 0,7%, a mais forte desde março de 2022. Este número "soma-se à série de dados recentes que mostram que a economia (dos EUA) está com mais vigor do que se acreditava no final de 2022", comentou Oren Klachkin, da Oxford Economics, em nota analítica.
"Há muitas tendências opostas a manifestarem-se neste momento", disse Nick Reece, da Guiness Global Investors. "Esta foi uma sessão que cria perplexidade".
De forma geral, falta convicção aos investidores, devido a uma ilegibilidade dos indicadores macroeconómicos e dos indicadores das empresas. Mas este analista entende que "a orientação no mercado é para a baixa".
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