Até 10 de março, os participantes nas manobras Cobra Gold vão realizar uma série de exercícios, 'workshops' e projetos na região leste da Tailândia, para partilhar manobras e táticas militares no campo de batalha, de acordo com fontes da Defesa norte-americana e tailandesa.
Os soldados vão também explorar novas tecnologias e equipamentos militares.
Depois de edições reduzidas, em 2021 e 2022, devido à pandemia da covid-19, os exercícios Cobra Gold contam agora com a participação de tropas de cerca de 30 países, incluindo Indonésia, Japão, Malásia, Singapura e Coreia do Sul, além de seis mil soldados norte-americanos e cerca de três mil tailandeses.
Outras nações, como China, Índia e Austrália, participam em exercícios humanitários e de resgate em caso de desastres, enquanto 12 países vão estar presentes em 'workshops' sobre planeamento operacional multinacional.
Camboja, Alemanha e Vietname integram um grupo de dez países observadores, enquanto Myanmar (antiga Birmânia) não marca presença, à semelhança do que tem acontecido desde o golpe militar de fevereiro de 2021.
"Através do Cobra Gold, demonstramos a nossa determinação em responder de forma conjunta para preservar um Indo-Pacífico livre e aberto para que todas as nações possam manter a paz, a estabilidade e a prosperidade", disse o chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, almirante John Aquilino, na cerimónia de abertura dos exercícios.
O regresso das manobras de grande escala, iniciadas há mais de quatro décadas em plena Guerra Fria, ocorre num momento de tensão entre a China e os Estados Unidos. A crescente influência do gigante asiático nesta área estratégica do globo preocupa Washington e os aliados da região do Pacífico.
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