Rússia avisa para "confronto direto entre poderes nucleares" na Ucrânia

O Kremlin garante que vai continuar a cumprir com os limites do tratado New START, apesar de o ter renunciado.

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Notícias ao Minuto
02/03/2023 20:13 ‧ 02/03/2023 por Notícias ao Minuto

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Rússia

Os russos voltaram a fazer alertas sobre a possibilidade de um conflito nuclear na Ucrânia, com o Kremlin a avisar os Estados Unidos e o Ocidente para pararem de armar as forças ucranianas.

Na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desarmamento, citado pela Associated Press, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo Sergei Ryabkov disse que "os Estados Unidos e a política da NATO de fomentar o conflito na Ucrânia" e "o aumento do seu envolvimento no conflito militar" poderá causar um "confronto militar direto de poderes nucleares com consequências catastróficas".

As declarações de Ryabkov surgem depois de, no seu discurso sobre o Estado da Nação russa, o presidente, Vladimir Putin, ter anunciado que a Rússia ia suspender o tratado de desarmamento nuclear New START, um dos últimos e mais importantes que tinha assinado em 2010 com os EUA.

Sergei Ryabkov deixou claro que a Rússia não sairá completamente do acordo e que respeitará os limites de atividade nuclear impostos pelo tratado, embora rejeite as vistorias por parte de oficiais ocidentais.

Mas o governante atirou culpas para os EUA, denunciando que os norte-americanos não respeitam o tratado e reiterando a ameaça deixada por Putin, sobre possíveis testes nucleares.

"Os EUA efetivamente acarretam responsabilidades pelo facto de o tratado não ter entrado em vigor há mais de um quarto de século, e os EUA já demonstraram abertamente a sua intenção em resumir os testes", acusou o vice-ministro acrescentando que a Rússia "não ficará passiva".

Ao longo da guerra, têm sido várias as alturas em que os aliados ocidentais e a NATO avisaram para o potencial de a Rússia usar armas nucleares, embora o Kremlin tenha sempre desmentido essas intenções.

Leia Também: Rússia continua a falar com EUA "à porta fechada" sobre acordo nuclear

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