"Estamos muito preocupados com a falta de procedimentos necessários para um julgamento justo e com a falta de justiça independente na Bielorrússia, o que coloca em risco os defensores dos direitos humanos", disse a porta-voz da agência da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.
Um tribunal de Minsk considerou Bialiatski e três outros ativistas de Direitos Humanos culpados de contrabando e financiamento de ações coletivas que violam gravemente a ordem pública.
Também a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse hoje ter ficado "consternada" com a sentença do defensor de Direitos Humanos, que foi hoje proferida por um tribunal de Minsk.
"As sentenças politicamente motivadas contra Bialiatski e contra os ativistas da Viasna (a organização que dirige) são um insulto à justiça. Peço a sua libertação", disse Metsola, numa mensagem na rede social Twitter, acrescentando que o Parlamento Europeu "apoia uma Bielorrússia livre".
Peter Stano, porta-voz do Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, disse que o assunto está a ser acompanhado "muito de perto".
A porta-voz da agência da ONU para os Direitos Humanos lembrou ainda que pelo menos 1.446 pessoas, incluindo 10 menores, estão detidas arbitrariamente na Bielorrússia, muitas delas ativistas que foram detidas por "motivação política".
"Pedimos o fim da perseguição aos defensores dos Direitos Humanos e àqueles que expressam opiniões dissidentes e exigimos a libertação de todos os detidos arbitrariamente", insistiu Shamdasani.
Leia Também: Justiça bielorrussa pede 12 anos de prisão para Prémio Nobel da Paz