Invasão? "É necessário que Putin compreenda que não terá sucesso"
Quando questionado sobre se é possível fazer qualquer acordo para acabar com a guerra, Scholz disse que nenhuma decisão será tomada sem o contributo de Kyiv.
© Emmanuele Contini/NurPhoto via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse este domingo ser necessário que o presidente russo, Vladimir Putin, compreenda que não vencerá a guerra na Ucrânia para que as negociações para pôr fim ao conflito possam, efetivamente, começar.
"Na minha opinião, é necessário que Putin compreenda que não terá sucesso com esta invasão e com a sua agressão imperialista - e que tem de retirar as tropas", considerou Scholz, numa entrevista à CNN Internacional, que foi divulgada este domingo. E acrescentou: "Esta é a base para as conversações".
O chanceler alemão destacou, por outro lado, que olhando "para a proposta dos ucranianos, é fácil compreender que eles estão prontos para a paz". Perante tal cenário, considerou: "Algo tem de ser feito. E tem de ser feito por Putin".
Quando questionado, por outro lado, sobre se é possível fazer qualquer acordo para acabar com a guerra - incluindo a possibilidade de a Ucrânia não retomar a Crimeia ou partes da região de Donbass, entretanto, tomadas pela Rússia -, Scholz disse que nenhuma decisão será tomada sem o contributo de Kyiv.
"Dissemos [à Ucrânia] que podem candidatar-se à adesão à União Europeia", disse Scholz. "Trabalham para efetuar avanços em todos os critérios importantes para que tal seja possível. Penso que sabem que estamos prontos para organizar uma certa forma de garantias de segurança para o país, em tempos de paz que estão para vir, mas ainda não estamos lá", apontou ainda.
Recorde-se que, na sexta-feira, Olaf Scholz visitou a Casa Branca para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que elogiou o chanceler pelo "apoio militar crítico" da Alemanha à Ucrânia.
A invasão russa sobre a Ucrânia, em curso desde 24 de fevereiro do ano passado, tirou já a vida a, pelo menos, 8.000 civis, com mais de 13.000 a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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