"O tribunal supremo de investigação preparatória impõe 36 meses de prisão preventiva a Pedro Castillo", declarou a justiça peruana no Twitter.
O ex-presidente está detido desde dezembro por alegadamente ter participado numa organização criminosa durante o seu mandato (2021-2022), participando numa tentativa de Golpe de Estado, como acusa a procuradoria, que decidiu prolongar a prisão preventiva para 36 meses.
Na terça-feira, numa audiência virtual a partir da prisão, convocada pelo juiz supremo Juan Carlos Checkley, o Pedro Castillo negou "rotunda e categoricamente" ser o autor ou ter feito parte de uma rede criminosa.
Desde dezembro, Pedro Castillo cumpre uma ordem de 18 meses de prisão preventiva por tentativa de golpe de Estado, destinado a governar por decreto, dissolver um Congresso hostil e convocar eleições para uma assembleia constituinte.
Pedro Castillo alegou estar privado de liberdade e assumiu "uma situação de complô que existe" e "uma pressão mediática", pedindo "que demonstrem" as acusações que lhe são dirigidas.
O Ministério Público também solicitou 36 meses de prisão preventiva para os ex-ministros dos Transportes e da Habitação, respetivamente Juan Silva Villegas e Geiner Alvarado López.
Silva Villegas, que se encontra em fuga desde 2022, é acusado do delito de organização criminosa e conluio simples, enquanto Alvarado como presumível autor de delito de organização criminosa.
O processo refere-se a alegadas irregularidades detetadas em obras na Ponte Tarata II, na região nortenha de San Martín, e em outros casos suspeitos de corrupção relacionados com a empresa pública Petroperú e o Ministério da Habitação.
Na sequência da detenção de Castillo registaram-se mobilizações populares que exigiram a sua libertação, a demissão da sua vice-presidente Dina Boluarte, que assumiu a chefia do Estado, a antecipação das eleições, a dissolução do parlamento e a convocação de uma assembleia constituinte.
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