"Não queremos confronto com os EUA", garante embaixador russo

A declaração surge após as autoridades norte-americanas terem dado conta de que um drone pertencente às suas forças armadas acabou por cair no Mar Negro, na sequência de uma interação com caças russos.

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Notícias ao Minuto
14/03/2023 23:33 ‧ 14/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, em declarações proferidas na sequência de uma reunião no Departamento de Estado, garantiu que Moscovo não pretende entrar em guerra com Washington, reporta a Sky News.

"Não queremos nenhum confronto entre os Estados Unidos e a Federação Russa. Somos a favor de relações pragmáticas em consonância com o interesse do povo" de ambos os países, garantiu Anatoly Antonov.

A declaração surge após as autoridades norte-americanos terem dado conta de que os caças russos que, esta terça-feira, interagiram com um drone norte-americano que viria a ficar inutilizado terão tentado, por várias vezes, deitar combustível para a frente da aeronave, antes de acabarem mesmo por atingi-la. O aparelho acabou, depois, por cair sobre o Mar Negro.

Acerca da reunião com a secretária de Estado adjunta para a Europa, Karen Donfried, o embaixador russo destacou que a mesma se tratou de uma "conversa construtiva". E elaborou: "Trocámos as nossas observações sobre a questão porque temos algumas divergências sobre o que aconteceu hoje".

Isto porque, na ótica de Moscovo, tudo isto não passou de uma "provocação" perpetrada pelas forças armadas norte-americanas.

Questionado pelos repórteres sobre o tema da guerra na Ucrânia foi discutido nesse encontro, Anatoly Antonov manteve uma posição semelhante à que tem sido defendida pelo Kremlin desde o início do conflito: "Não discutimos a guerra na Ucrânia, porque não há guerra na Ucrânia. Há um problema de operação militar especial que é conduzida pela Federação Russa".

O embaixador russo em território norte-americano ressalvou também que a "finalidade e os objetivos desta operação são absolutamente claros", tal como já foi explicado pelas autoridades russas "em muitas ocasiões", argumentou.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Cereais? ONU diz estar a fazer "todos os possíveis" para estender acordo

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